domingo, 29 de abril de 2012

Quando o belo amadurece


Foto de Erwin Olaf
Ver beleza somente na juventude, no vigor, no viço...  ou na "perfeição" de traços, na harmonia de  proporções esteticamente convencionadas a cada época, é uma crueldade ingênua que o ser humano faz consigo. A beleza está nos olhos de quem vê? O belo se mostra a quem sabe vê-lo. Não se trata de beleza "interior" tampouco. Feia talvez seja a decrepitude que não está necessariamente relacionada à elasticidade da pele. O corpo é a expressão; a decrepitude é um de seus "estados" de prostração em qualquer idade. Considerar belo, portanto, somente o estereótipo corporal vigente ou o auge da juventude é como considerar belo somente o sol ao meio-dia, quando ele exibe a sua plenitude de energia. Muito mais belo tende a ser, porém, o sol poente...

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