"O sofrimento sempre acompanha uma inteligência elevada e um coração profundo. Os homens verdadeiramente grandes experimentam uma grande tristeza, acometidos de uma melancolia súbita." (Dostoiévski)
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Desperta
Quanto mais me enfio noite adentro, mais rarefeitos ficam os laços que me prendem ao óbvio. Solta, vou penetrando no impensável, bem fundo; mas, a um minuto do desenlace, durmo... e o mistério se renova implacável.
Amanheço sem chance, derrotada: mais uma noite vencida.
O milagre do dia me acena como um insulto e aproveito a provocação para reinventar a esperança.
Galgo a jornada como se fosse real: finjo que acredito nas manchetes, na história do padeiro, na minha imagem no espelho.
A tarde morna não passa.
Até que um “sopro” se aproxima sorrateiro... vem baixinho, sussurrando e, de repente, o desafio se agiganta na minha frente qual onda do mar triunfante: ou mergulho ou me engole.
Enfrento: me entrego à noite...
Ela me draga da inércia vespertina; a névoa do cotidiano se esvai aos poucos e, em meio à escuridão, reabro meus olhos de verdade.
Retomo meu sóbrio espanto diante do mundo; recobro os sentidos.
Enquanto a insônia iluminar a trilha que desbravo, sigo viagem dentro do infinito buraco negro.
Agora sim... silêncio!
Toda atenção é pouca, assim como toda gratidão à bênção:
a vida me deu mais uma chance.
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Última sessão
Jean Dujardin e Bérénice Bejo |
Última sessão.
Dentro do cinema, só nós dois e o clarão da tela. A história se passou no teu olhar, a curva na tua mão. A cena permanecia suspensa pela calma do teu sorriso. A trilha sonora do filme coloria nosso silêncio, espaço de ternura. Nos embriagamos do perfume de ária antiga alimentada por todas as sessões de nostalgia dos tempos em que os namorados eternizavam seus amores. Indesvendável é o mistério que transmuta o presente em magia. Naquela noite, nos abraçamos para sempre.
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Contaminação por www
O volume excessivo de informações descartáveis entupiu meus filtros de inconsistência; preciso urgente fazer uma incisão estratégica para drenar todo esse lixo, antes que minh'alma sucumba por septicemia verbal.
domingo, 19 de fevereiro de 2012
sábado, 18 de fevereiro de 2012
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Isto é só um blog, sem nenhuma pretensão
De tudo se pode fazer arte; mas achar que tudo é arte é equívoco.
Se tudo é arte, o conceito de arte perde o sentido.
Tudo é TUDO.
O conceito de arte é um dos mais difíceis de se definir (quem sou eu para fazê-lo?); mas, para mim, o que não transcende o trivial não passa de pretensão ingênua.
Se tudo é arte, o conceito de arte perde o sentido.
Tudo é TUDO.
O conceito de arte é um dos mais difíceis de se definir (quem sou eu para fazê-lo?); mas, para mim, o que não transcende o trivial não passa de pretensão ingênua.
É desolador se deparar com esta infinidade de pretensos artistas.
Viés
(Angelina Jolie)
Vivo esse instante trêmulo
um segundo antes da largada
um milímetro antes da chegada
um espasmo antes do desmaio
Vivo essa trégua falsa
o sono com um olho aberto
o passeio com passo incerto
o gole que não mata a sede
Vivo esse frio na espinha
de estar diante da cilada
de estar oculta na charada
e de soslaio sair impune
Vivo como a vida pede
de manhã preparando o bote
à tarde lançando a sorte
à noite driblando a morte
Vivo nesse viés
no intervalo que me suspende
no sopro que me arremessa
no suspiro que me salva
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Fragmentos 120212
Fingimos que nos acostumamos com a podridão, enquanto sonhamos com contos de fadas.
O que mais espanta hoje é a falta de espanto.
A morte faz parte da vida; e o dizemos como se pudéssemos encarar isso com naturalidade.
Ninguém quer saber de ti, imagem no espelho. Por que eu quereria?
O universo continua impávido a sua tresloucada trajetória; enquanto isso, no planetinha azul, o futebol segue dominando o domingo...
Afronto a solidão como quem indaga ao abismo: onde está o meu eco?
Estranho esse sabor de tarde nublada: a chatice não desgruda do céu da boca.
Fico aqui à espera de algum devaneio que me salve; ligo meus radares pra sentir qualquer resquício do teu cheiro.
Tem gente que nunca viu o teu olhar e pensa que sabe o que é delírio...
Momento do silêncio que liberta a voz
Each day I live
I want to be a day to give the best of me
I'm only one, but not alone
My finest day is yet unknown
I broke my heart for ev'ry gain
To taste the sweet, I face the pain
I rise and fall, yet through it all this much remains
I want
One moment in time
When I'm more than I thought I could be
When all of my dreams are a heart beat away
And the answers are all up to me
Give me one moment in time
When I'm racing with destiny
and in that one moment of time
I will feel, I will feel eternity
I lived to be the very best
I want it all, no time for less
I've laid the plans
Now lay the chance here in my hands
Give me
chorus
You're a winner for a lifetime
If you seize that one moment in time
Make it shine
Give me
chorus
I will be, I will be free
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