Preferisci la lethe all'Aletheia?
sexta-feira, 2 de dezembro de 2016
sexta-feira, 25 de novembro de 2016
Leite derramado
é chegado um estranho tempo
no novo velho mundo
reerguem-se muros inconcebíveis
náufrago do preconceito
da improvável travessia num mar
(que só não mata a sede de poder)
na areia
o pequeno corpo jaz
no seio da terra mãe de todos
o amor empedra
no seio da humanidade
o sonho se esvai
na silenciosa fonte, porém
um fio de água brilha desde sempre
a esperança nasce de uma lágrima de Deus
sábado, 29 de outubro de 2016
Abraço
(Nei Duclós)
Quero te dar um abraço modesto
do tamanho do mundo
pequeno em relação ao universo
enorme para nossos passos
Quero te dar um abraço profundo
que surpreenda as almas
apesar da idade
e que a gente morra quando se aperte
Quero te dar um abraço modesto
do tamanho do mundo
pequeno em relação ao universo
enorme para nossos passos
Quero te dar um abraço profundo
que surpreenda as almas
apesar da idade
e que a gente morra quando se aperte
(In: Outubro)
sexta-feira, 29 de julho de 2016
Cansaço
Não sei quando chegou este tempo...
Há um cansaço
Inesgotável
Quinquilharias de toda espécie me solicitam
É com profundo esforço que, para atendê-las, me arrasto
Estranho a insistência do dia
Em eclodir-se intempestivamente
De novo e de novo e de novo
O verde que morre e brota
O pássaro que anuncia o sol
Tudo tão efêmero
Tão real
Impassível apenas esta exaustão
A cada dia, uma queda de braço
Tenho vencido
Tenho morrido
Maravilhoso e eterno mistério
A mesma vida que faz bailar as estrelas
Pulsa neste capim
E eu?
Rebelo-me contra moinhos de vento
Que me roubam a única verdade
Estes minutos – estes aqui – e nada mais
Há um cansaço
Inesgotável
Quinquilharias de toda espécie me solicitam
É com profundo esforço que, para atendê-las, me arrasto
Estranho a insistência do dia
Em eclodir-se intempestivamente
De novo e de novo e de novo
O verde que morre e brota
O pássaro que anuncia o sol
Tudo tão efêmero
Tão real
Impassível apenas esta exaustão
A cada dia, uma queda de braço
Tenho vencido
Tenho morrido
Maravilhoso e eterno mistério
A mesma vida que faz bailar as estrelas
Pulsa neste capim
E eu?
Rebelo-me contra moinhos de vento
Que me roubam a única verdade
Estes minutos – estes aqui – e nada mais
sexta-feira, 22 de julho de 2016
domingo, 8 de maio de 2016
Invisível
Clio Francesca Tricarico
ela revirava o lixo
a vergonha era minha
ofereci-lhe um pastel
existe miséria maior
que sentir compaixão?
foi rapidamente servida
o embaraço era do pasteleiro
mas...
era ali
ali mesmo
que ela devorava com os
olhos
e comia com timidez
não tinha bons “modos”
só tinha o seu
meu olhar evitava seu
rosto
o asco era meu
de mim
certos instantes não
passam
ela foi embora
não agradeceu
não devia
a conta era minha
de resto, nada
nenhuma poesia
apenas estas pequenas letras
minúsculas como eu
pelo que vi ali
ali mesmo
em seu último olhar
inevitável
(in Nosside 2015 - Antologia del XXXI Premio Mondiale di Poesia)
(in Nosside 2015 - Antologia del XXXI Premio Mondiale di Poesia)
sexta-feira, 18 de março de 2016
Ci sono alcune urgenze... di un bacio eterno, per esempio
Baciami
Ma baciami davvero
Il tuo alito caldo mi da i brividi
Ma voglio andare oltre
Voglio sentire il soffio della tua anima attraversando le mie vene
Baciami
Con tutto ciò che sei
In modo che, in quell'istante, raggiungiamo l'eternità
Ma baciami davvero
Il tuo alito caldo mi da i brividi
Ma voglio andare oltre
Voglio sentire il soffio della tua anima attraversando le mie vene
Baciami
Con tutto ciò che sei
In modo che, in quell'istante, raggiungiamo l'eternità
segunda-feira, 14 de março de 2016
Eu sei que vou te amar
(Tom Jobim e Vinícius de Moraes)
Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Pra te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida
Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente, eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Pra te dizer que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer a eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016
Addio, Eco...
"L'assenza è all'amore come il vento al fuoco: spegne il piccolo, fa avvampare il grande." (Umberto Eco)
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
domingo, 7 de fevereiro de 2016
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