domingo, 24 de fevereiro de 2013

Poema mudo

Engana-se quem julga que poema
é palavra camuflada em fascínio
É nele que a palavra se desnuda
desmascarando o real equivocado

Quando se cala o poema, recolhido
o mundo atarantado entra em pânico
Ele sabe que por dentro do silêncio
se prepara o abalo inexorável

Não se deixe, assim, levar pelas palavras
que, tontas, não dizem o que sabemos
Pois de dentro d’alma irrompe o poema
que nos inventa muito antes que o digamos
Escrevo como se fosse simples
sentir o toque bem no centro
de onde não me alcanço

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Tra chi dice che tutto cambia

Marina Mariani *

Tra chi dice che tutto cambia

e chi dice che l'essenziale
non è mutabile, e mai
muterà,
il colloquio non è impossibile,
la discussione si può fare.

Bisogna solo lasciare a casa i fucili,
sedersi sul sedile di pietra
sotto l'albero di fico,
bere ogni tanto un bicchiere di vino,
distrarsi all'andirivieni
del cane bracco o pointer,
o al canto d'un uccello,
all'odore di mosto o di sterco
o di mentuccia.

Alla fine ci si saluterà
con una stretta di mano
(non è poi tanto grave,
il cimitero è piccolo e bianco
e intorno giocano i bambini).


* Marina Mariani, poetessa napoletana, ha studiato Fisica e Filosofia;
morta questa settimana a Roma

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Duvidar sempre, para manter a sanidade.
Acreditar uma só vez... para viver.
"Há pensamentos que são orações. Há momentos nos quais, seja qual for a posição do corpo, a alma está de joelhos." (Victor Hugo)

domingo, 3 de fevereiro de 2013



Noite
Profunda noite
Quietude imersa no tempo
Uma única palavra atravessa a madrugada
Teu nome