quarta-feira, 29 de agosto de 2012

"Quando vamos embora, todo nosso acervo, o que vimos, ouvimos e lemos, se esfarela. Seus pedaços grudam no teto do Tempo. São como gotas de mel que o fim do arco-íris libera ao sacudir o pote." (Nei Duclós)

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

As sem-razões do amor

(Carlos Drummond de Andrade)

Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Oggi

Oggi è il giorno
ci sei, senza sapere
ci sei, senza volere
ci sei

Oggi è il senso
dell'istante che non passerà mai
del segreto che guarda il vero
dell'eterno presente in me

Oggi
più che mai, oggi
la lacrima sorride nel buio
serena perché porta in se
il tempo in cui
ci sei