quinta-feira, 5 de abril de 2012

Desperdício

Tara sem atino
abraço sem enlace
beijo seco

Sonho no escuro
grito surdo
aborto do desejo

Amor de marionete
máscara transparente
reflexo trincado

Salto sabotado
trilha sem saída
fuga para o abismo

Impulso abandonado
tesouro esquecido
fingir que a dor não tem sentido

2 comentários:

  1. Falsidades da vida, muitas vezes propositais, outras tantas por razões diversas, no fim, nada vale a pena se não for profundo e de coração!

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  2. Sabemos que uma das coisas mais difíceis é conhecer a si mesmo. Às vezes, nos enganamos "fazendo de conta que estamos sendo nós mesmos" (acreditamos estar sendo verdadeiros), sem saber que estamos apenas encenando papéis que incorporamos inconscientemente. Outras vezes, nos surpreendemos com nossas próprias máscaras, quando nos damos conta que não somos quem queríamos ou pensamos ser! Somos muito complexos... e, portanto, é como vc disse: na nossa busca desesperada pela felicidade, a falsidade nem sempre é proposital; enganamos muito mais a nós mesmos que aos outros... é um longo percurso de maturidade, principalmente, emocional.

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