sexta-feira, 6 de abril de 2012

Demiurgo



O verso que canto só tu entendes, Dionísio 
é tua mão que o escreve enquanto sangro
Da carne do mundo, me trouxeste à tona
no teu âmago, me entranho

por teu fôlego, respiro

Não sei me dizer sem ti, demiurgo
teu olhar revela a minha fala
Teus sinais mapeiam meus estigmas
no teu sal, me ralo
no teu mel, me curo

Nada mais me resta que desaguar em ti, desatino
no teu ser, naufrago minhas dúvidas
Da tua vontade, brota meu desígnio
por tua dor, me rendo
por teu amor, eu vingo

2 comentários:

  1. É lindamente triste, mas possui sem dúvida uma mensagem por trás q vai do entendimento de cada um.
    A imagem que você escolheu Clio, é sem dúvida a melhor que poderia se encaixar, e eu realmente acredito que se você quiser levar esses poemas maravilhosos como um projeto de livro futuro, será muuuuuuuuito bem sucedida, não existem pessoas mais hoje em dia, com uma capacidade tão brilhante como a sua! Parabéns!

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  2. Muito obrigada, Jéssica, pelos elogios, pelo incentivo!
    Começar a escrever poeticamente e publicar neste blog está sendo uma experiência nova e muito estimulante; publicar um livro seria maravilhoso! Um sonho... quem sabe realizo?
    Acho que existe muita gente talentosa que simplesmente não aparece; hoje, a Internet facilita a publicação, mas assim mesmo, sem os meios adequados, fica difícil separar o joio do trigo...
    Muito feliz com seus comentários! :)

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