domingo, 25 de março de 2012

Hipocondria

Senécio - Paul Klee

Não pedia muito, só um pouco de sanidade
Tinha, numa mão, duas ou três incertezas
na outra, uma espera infinda

Não sabia o que menos importava:
se seu centro ou o universo
se sua vida ou sua escolha
se seu medo ou sua fantasia

No olhar, uma procura cega,
a pergunta da alma in natura:
qual o mal pra tanta cura?

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