domingo, 28 de dezembro de 2014

Hors concours

Mas... E depois? Morremos
Restará a palavra por dizer
Subvertendo princípios, análises, tratados
Restará somente a poesia
Mostrando a nossa cara deslavada
“O frio na barriga”, “o coração na mão”
“O arrepio na espinha”, “o grito na garganta”
“O aperto no peito”
Fórmulas ultrapassadas
Tudo em vão, nada nos salvará
Imbatível, persistirá apenas uma invenção sem sentido:
“Eu te amo”, alguém dirá
E os pássaros cantarão na nova aurora
Como se o mundo nunca tivesse acabado...

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