domingo, 12 de fevereiro de 2012

Fragmentos 120212


Fingimos que nos acostumamos com a podridão, enquanto sonhamos com contos de fadas.

O que mais espanta hoje é a falta de espanto.

A morte faz parte da vida; e o dizemos como se pudéssemos encarar isso com naturalidade.

Ninguém quer saber de ti, imagem no espelho. Por que eu quereria?

O universo continua impávido a sua tresloucada trajetória; enquanto isso, no planetinha azul, o futebol segue dominando o domingo...

Afronto a solidão como quem indaga ao abismo: onde está o meu eco?

Estranho esse sabor de tarde nublada: a chatice não desgruda do céu da boca.

Fico aqui à espera de algum devaneio que me salve; ligo meus radares pra sentir qualquer resquício do teu cheiro.

Tem gente que nunca viu o teu olhar e pensa que sabe o que é delírio...

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