Fingimos que nos acostumamos com a podridão, enquanto sonhamos com contos de fadas.
O que mais espanta hoje é a falta de espanto.
A morte faz parte da vida; e o dizemos como se pudéssemos encarar isso com naturalidade.
Ninguém quer saber de ti, imagem no espelho. Por que eu quereria?
O universo continua impávido a sua tresloucada trajetória; enquanto isso, no planetinha azul, o futebol segue dominando o domingo...
Afronto a solidão como quem indaga ao abismo: onde está o meu eco?
Estranho esse sabor de tarde nublada: a chatice não desgruda do céu da boca.
Fico aqui à espera de algum devaneio que me salve; ligo meus radares pra sentir qualquer resquício do teu cheiro.
Tem gente que nunca viu o teu olhar e pensa que sabe o que é delírio...
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