domingo, 24 de fevereiro de 2013

Poema mudo

Engana-se quem julga que poema
é palavra camuflada em fascínio
É nele que a palavra se desnuda
desmascarando o real equivocado

Quando se cala o poema, recolhido
o mundo atarantado entra em pânico
Ele sabe que por dentro do silêncio
se prepara o abalo inexorável

Não se deixe, assim, levar pelas palavras
que, tontas, não dizem o que sabemos
Pois de dentro d’alma irrompe o poema
que nos inventa muito antes que o digamos

2 comentários:

  1. Clio, faz tempo que não venho aqui e devo dizer que você sempre me surpreende com o seu talento enigmático!!!
    Você tem um dom belíssimo, adorei este poema que diz tanto em tão pouco, parabéns!!

    Beijos,

    Jéssica Curto.

    http://jessicacurto.blogspot.com

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    1. Muito obrigada, Jéssica!
      Sei como o tempo pode ser escasso tanto para a leitura, quanto para a escrita...
      Assim, fico muito contente com a visita e mais ainda pelo seu comentário.
      Beijo...

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